Planejamento para a velhice e os desafios da aposentadoria no Brasil.

A imagem ao lado retrata um senhor visivelmente cansado, descansando alguns minutos no transporte público.

Sim, é uma imagem real, não é IA, bastante dura, porém, infelizmente, é o retrato silencioso de muitos brasileiros que precisam trabalhar na velhice para complementar a aposentadoria ou porquê não contribuiu como deveria.

Vestindo o uniforme de entregador por aplicativo, esse senhor não está apenas descansando em um transporte público. Ele está mostrando — sem dizer uma palavra — o peso de um país onde envelhecer sem planejamento pode significar continuar lutando diariamente pelo básico.

📌 O QUE NOS LEVOU ATÉ AQUI ?

O envelhecimento da população brasileira, que estava sempre em voga na mídia e parecia ser uma realidade distante, agora é palpável. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2030, o número de brasileiros com 60 anos ou mais ultrapassará o de crianças de 0 a 14 anos . Essa inversão na pirâmide etária impõe desafios substanciais ao sistema previdenciário, que precisa se adaptar para atender a uma população envelhecida crescente.

Isso quer dizer, de modo mais claro, que teremos mais pessoas fora do mercado de trabalho, que precisarão receber aposentadoria ou benefício assistencial (que é pago pela Previdência Social) e poucas custeando o pagamento de aposentadorias, pensões e benefícios assistenciais.

Essa situação presente, traz o enrijecimento das regras de aposentadoria. A Reforma da Previdência, em 2019, veio com intuito de minimizar estes impactos para que não haja interrupção dos pagamentos de benefícios.

A reforma trouxe regras mais rígidas de aposentadoria, aumentando a idade e o tempo de contribuição. Além disso, acabou com a possibilidade da aposentadoria por tempo de contribuição, que não exigia idade mínima para aposentadoria, apenas tempo, como o próprio nome indica.

Além disso, há uma precarização da mão de obra do trabalhador que leva ao trabalho informal ou pela pejotização.

Com a popularização do Micro Empreendedor Individual (MEI), há uma falsa sensação de segurança, uma vez que a contribuição possui um valor menor e o segurado acredita que terá acesso a todas as regras de aposentadoria, quando na realidade só possuem direito à aposentadoria por idade, no valor de um salário mínimo.

O que leva a milhares de pessoas a ter uma aposentadoria reduzida na velhice.

Todo esse cenário, sinaliza que não é mais possível contribuir de qualquer forma. A palavra de ordem é: planejamento!

📊 PLANEJAR A SUA APOSENTADORIA É UM ATO DE RESPONSABILIDADE COM O SEU FUTURO:

Planejamento previdenciário não é um luxo. É uma ferramenta de autonomia, dignidade e segurança, especialmente em um cenário onde as regras mudam, os direitos são condicionados, e o custo de envelhecer está cada vez mais alto.

É no planejamento que o segurado descobre:

• O que realmente conta como tempo;

• Qual regra é mais vantajosa;

• Se há períodos que podem ser incluídos ou recuperados;

• E, principalmente, qual será o valor real da sua aposentadoria;

• Qual melhor forma de contribuir, alinhado com a sua expectativa em relação ao futuro,

🧭 Conclusão: não normalize o inaceitável

Trabalhar até a exaustão, na velhice, não é nobre nem inevitável, mas, sim, sinal de um sistema que falhou — e de uma sociedade que precisa se educar financeiramente para poder ter maior maturidade na tomada de decisões que irão definir a aposentadoria.

Contudo, individualmente, é possível agir com estratégia e consciência.

🔍 Se você nunca parou para pensar na sua aposentadoria, o melhor momento é agora.

Não espere o cansaço chegar. Planeje.